E-Fólio A

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E-FÓLIO A

Psicologia do Desenvolvimento

Início Ter 16 de Março 2010

Entrega: Seg 26 de Março 2010 (Actualizado)





A realização do e-fólio A consta de 2 partes:

A) Realizar um resumo do capítulo 2.1. do Manual de Psicologia do Desenvolvimento (página 34-42).

Texto de Apoio: | Download |

O estudo do Desenvolvimento Humano encontra na Psicologia do Desenvolvimento a disciplina que estuda a caracterização descritiva das transformações que ocorrem durante este processo, que vai desde a concepção até ao fim do ciclo da vida. Este desenvolvimento resulta da actividade existente entre os factores biológicos e ambientais. Manifesta-se através de estádios de desenvolvimento contínuos, no sentido de maior complexidade, que naturalmente definem a evolução do ser humano. O indivíduo representa uma unidade biopsicossocial. Interage com o meio, apresenta parâmetros biológicos específicos, definidos pelo seu genoma humano.

O debate de ideias e os diferentes estudos fazem surgir diferentes teorias, mais que conceitos, temos estudos que defendem determinados princípios na sua globalidade. Neste sentido são apresentadas as principais teorias explicativas do desenvolvimento humano: psicanalítica, behaviorista, cognitivista e humanista.

    Quadro 1: Resumo das Teorias mais relevantes do Desenvolvimento

  Figura 1: Esquema representativo: Desenvolvimento Humano

B) Desenvolver as actividades que são apresentadas nas pág. 41-42 do referido Manual.

Actividades: | Download |

1. “No desenvolvimento dos músculos e da aquisição da mobilidade, a criança típica de dois anos é comparável a um chimpanzé bebé de dois meses, a um coelho de duas semanas e a um potro de duas horas.”
- O que explica estes ritmos diferentes de desenvolvimento?

RESPOSTA:
Os graus de complexidade e diferentes ritmos associados ao desenvolvimento dos músculos nos exemplos apresentados têm muito a ver com as diferenças hereditárias e graus de maturação entre as espécies analisadas. Factor que interage, naturalmente, com os factores ambientais, nomeadamente o vínculo que estes estabelecem com os progenitores. Estão definidos alguns estádios de desenvolvimento, próprios dos humanos, com graus de complexidade diferentes, onde intervêm factores ambientais e hereditários. Assim para cada estádio de desenvolvimento são esperadas determinadas estruturas evolutivas, apoiadas por características fisiológicas em interacção com um meio estruturado.

2. Henry Goddard, em 1912, estudou a genealogia de duas linhagens de dois ramos da família Kallikak. Um soldado da guerra americana teve dois envolvimentos amorosos: um com uma mulher de bem" e com quem casou - os "bons" Kallikak - e outro com uma rapariga demente, empregada de uma taberna - os "maus" Kallikak. A mulher de bem deu-lhe sete filhos de "bom porte" e dos quais descenderam centenas de melhores tipos de seres humanos, médicos, advogados, negociantes e até reitores. A empregada de taberna deu-lhe um filho ilegítimo, mais tarde conhecido por velho terror. Nos descendentes dos maus Kallikak só encontrou ladrões de cavalos, prostitutas, alcoólicos e todos com um nível baixo de inteligência.
- O que é que os estudos de Goddard tentaram provar?

RESPOSTA:
Goddard, numa visão extrema do desenvolvimento humano, tenta provar, através dos seus estudos, que a herança hereditária define o sucesso evolutivo dos seres humanos. Estuda ramos genealógicos de famílias, tentando provar que os filhos de pais integrados com sucesso na sociedade são, também eles, elementos de sucesso. O material genético definia o rumo que o seu portador teria no futuro, assim filho de ladrão, ladrão será. Tenta assim ignorar, quase por completo, as influências exercidas pelo ambiente. As crianças eram “rotuladas” logo a nascença, desvalorizando os processos de aprendizagem, e a interacção social ao longo da vida.

3. Watson, em 1927, proclamou a sua famosa frase: "Dêem-me um bebé e eu farei dele o que quiser, um ladrão ou um juiz, um pistoleiro ou um médico... "
- Comente esta afirmação?


RESPOSTA:
Numa visão Behaviorista Watson acredita que o ambiente exerce a totalidade da influência nos comportamentos, sentimentos e pensamentos. Despreza as características hereditárias, achando que a “moldagem” externa define o rumo evolutivo do ser humano. Nesta afirmação pretende reforçar essa ideia, achando que, à nascença, a criança é um “recipiente vazio”, sem ideias. As características herdadas não influenciam essa evolução. A sua oposição ao biológico/Inato torna a sua visão limitada, uma vez que estas interagem naturalmente com os factores ambientais. Embora o factor social desempenhe uma influência importante, não pode ser desprezado o património genético que vai permitir a interacção com o ambiente que o rodeia, assim como no processamento da informação que recebe.

4. A história de Victor de Aveyron foi apresentada no filme famoso de F. Truffaut. O menino selvagem foi uma criança abandonada à nascença e criada com lobos. Quando a encontraram aparentava ter cerca de 12 anos. Foi treinada e educada pela equipa do Dr. ltard. Conseguiu fazer algumas aquisições a nível da postura, da linguagem e conseguiu exprimir afectos. Contudo, não conseguiu atingir os níveis de desenvolvimento típicos da sua idade.
- Quais seriam os argumentos utilizados pelos defensores da hereditariedade e pelos defensores do meio ambiente relativamente aos progressos desta criança?

RESPOSTA:
Prevêem-se dificuldades na argumentação destas duas visões. Os cognitivistas apresentam aqui fortes evidências na defesa da sua teoria, uma vez que o património genético possibilita a interacção com as situações do quotidiano - adaptação. A criança mantém uma proximidade com processos partilhados e mais tarde desenvolve os seus processos autónomos.
Os defensores da hereditariedade tentariam desvalorizar os efeitos do abandono da criança, assentando que a aprendizagem só se verificava porque a criança já apresentava determinadas estruturas que herdou no seu código genético, evidenciando algumas capacidades inatas, e defendendo que as dificuldades encontradas se deveriam a uma deficiência herdada. No lado oposto os defensores da influência do meio ambiente evidenciavam a pouca relevância da hereditariedade, uma vez que o meio definiu o seu desenvolvimento. Tentavam desvalorizar as características biológicas, inerentes a idade, que limitavam alguma aprendizagem em estádios superiores. Assim como algumas instintos básicos desenvolvidos pela criança ou outras características que a criança apresente na ausência do convívio em sociedade.
 
5. Qual terá maior influência no processo da aprendizagem, nature (relacionada com factores hereditários) ou nurture (relativa à influência do meio ambiente)? Justifique a sua opinião.

RESPOSTA:
No processo evolutivo o indivíduo representa uma unidade biopsicossocial, numa perspectiva interaccionista, os factores hereditários interagem com o meio ambiente. Ambos os factores apresentam forte importância no processo de aprendizagem, pois as estruturas biológicas necessitam de um meio estruturado que permita a sua realização. Existe uma interdependência que define o desenvolvimento do processo de aprendizagem. Na minha opinião as características fisiológicas influenciam a interacção com o meio envolvente, este também essencial para que as estruturas do organismo possam desenvolver as suas capacidades, isto é, estimular o seu desenvolvimento (aprendizagem).

6. Uma das formas de verificar até que ponto as crenças ou atitudes estão enraizadas em cada um de nós é responder às Questões que se seguem.
Assinale o seu grau de concordância relativamente a cada uma das afirmações:




                                                                                                                           
Deverá apresentar o seu e-folio da seguinte forma:


1. Num documento formato doc onde conste o seu nome, nº de estudante e turma a submeter no local do E-folio A;
2. Colocando as respostas A e B no seu Blogue pessoal que criou para esta u.c..
3. O efólio deve ser realizado em Arial 12 (ou equivalente), com espaçamento 1.5 e ter, no máximo 3 páginas.
4. Nos efólio, são avaliadas as seguintes competências:
     a) síntese das ideias;
     b) correcção científica das ideias expressas;
     c) clareza das respostas e correcção linguística.



NOTA IMPORTANTE: Chama-se a atenção para o facto de o e-folio ser individual. Será atribuída a nota zero a textos copiados, realizados em grupo e submetidos em turmas diferentes, ou outro tipo de plágio e fraudes.


Bibliografia

Tavares, J. et al (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem (pp. 34-42). Porto: Porto Editora.