Evolução


Evolução, desenvolvimento, maturação ou crescimento, penso nisto e lembro-me, claro, da concepção, pois é aí que tudo começa. Milhares de anos de evolução e cá estamos nós, humanos, divididos em duas partes, mulheres e homens. Somos assim porque evoluímos no sentido do “mais apto”, selecção natural segundo Darwin.

Já Lamarck defendia a lei do uso e desuso, tentava explicar determinadas modificações no sentido da adaptação, ou seja, se um órgão é muito usado desenvolve-se, torna-se mais forte, vigoroso e de maior tamanho. Calma meninas, nada de gritos, Lamarck baseou o seu estudo principalmente em girafas e no tamanho do pescoço, tirem essas ideias da cabeça.

Sou uma evolucionista, como Darwin, pois hoje somos assim porque numa situação de variedade genética sobrevivem os mais aptos. Essa evolução continua a acontecer, os mais especulativos descrevem que o aparecimento de determinados tumores é mais do que fruto de maus hábitos de vida, é o nosso corpo a começar a adaptar-se a novos ambientes, quem sabe, o nosso organismo não estará a criar novas capacidades.

Mas falemos mais da concepção, aquela que pode gerar vida, e deixamos de fora outras ideias ainda não contempladas pelo milagre da evolução. Se pensarmos bem neste processo vimos como a essência do homem começa logo no “cágado cabeçudo".
É mesmo o típico masculino, tudo ao molho e a alta velocidade. Já a mulher é refinada, um único óvulo, uma criação de um ciclo menstrual completo, tempo para a perfeição. Já se antevê uma comparação imediata, este encontro não é mais do que um “blind date”. Depois de tantos contactos na internet é desta que vou encontrar o tal.

É assustador esta semelhança evolutiva. Depois de tantos dias o óvulo lá parte pela trompa de falópio com esperança de encontrar o espermatozóide certo. É aqui que a mulher se encontra e se assemelha no seu próprio ciclo reprodutivo. Tanta espera, e no final ele não aparece, típico. Depois lá vem a choradeira do costume, ninguém me quer, deve ser porque estou tão gorda, olha para mim pareço uma bola, é aqui que actua a amiga que diz, tem calma, ele é que fica a perder, não adoram essas amigas. Pois é, e nós mulheres lá temos que aturar o período e aquelas dores de barriga. Que castigo este que a evolução nos reservou. Isto é tão injusto, "pensa" o óvulo abandonado, ouvi falar que uma vizinha da minha tia, lá no prédio, foi fecundada por dois e já vai no 2º trimestre. O melhor é que depois da depressão lá se inicia um novo ciclo, talvez seja desta.

Vejam o pormenor da fecundação, o óvulo, que transporta 23 cromossomas da futura mãe  é "prefurado" (sempre a abrir caminho) pelo cabeçudo, o espermatozóide do homem que também leva 23 cromossomas. Aqui começa a vida em "casal", para cada singularidade existem duas opções, uma da mulher e outra do homem. Onde é que eu já vi isto, que rica vida em casal, isto quer dizer que mesmo antes de termos o cérebro desenvolvido, já andamos as avessas com a alma gémea. Já estou a imaginar qual a metade que leva a melhor, quem vai ganhar a corrida, imaginam-se grandes combates, tipo “Star Wars”, para decidir a cor dos olhos, cabelo, etc. Logo se verá, quem apresenta o gene dominante. É de arrepiar estes pormenores evolutivos, chega a haver assunto para conspiração evolutiva. Nada é ao acaso, isto tem força divina, aposto. 

Se fosse como na vida cá fora, o dominante tem que ser sempre a mulher, mas o homem tem sempre que responder, – O que queres para o jantar? –Tanto faz. Responde ele. – Escolhe lá. Diz ela. – Não sei, qualquer coisa. – Lá estás, tu nunca participas em nada. Responde ela, já amuada. – Oh! Vais começar, pode ser bife e batatas fritas. – Não há bife descongelado e o teu médico proibiu fritos, só há pescada. Diz ela quase sem respirar. Funciona do mesmo modo quando é para se escolher a cor das cortinas, temos que ouvir uma resposta, mas a escolha é sempre nossa, é a vingança por termos que carregar a maior cruz evolutiva. Se na fecundação fosse assim o espermatozóide só aparecia para marcar presença, pois quando lá chegasse o óvulo já tinha tomado todas as decisões. O óvulo dizia, – Isto são horas de chegar, onde é que andastes.
– Saí com uns amigos, não me lembro bem do que aconteceu, mas sei que estávamos numa discoteca, pois estava muito escuro, a rebentar pelas costuras e tudo a abanar a cabeça, quando dei conta estava aqui, desculpa amor, perdi a cabeça. Respondia o espermatozóide com ar arrependido.

Esta aventura toda para depois à nascença começar logo outra guerra. O combate das semelhanças. É como falar sobre o tempo, eu acho que tem o nariz da mãe, mas a boca é do pai, já a testa herdou do avô. Ou aqueles mais cépticos, mas o pai e a mãe têm cabelo castanho, como é que o miúdo nasce loiro. Há sempre uma vizinha que acha que o filho não é do marido, que histórias interessantes estas, sabem tudo, e são como os jornalistas, não revelam as suas fontes.

É um milagre da natureza, eles crescem e começam a andar rápido. Não tarda sentirmos os primeiros frutos da sua evolução, principalmente nas grandes superfícies, mais especificamente nas filas de pagamento, onde surgem os primeiros pontapés e gritos de manifestação. Imagino um daqueles programas do National Geografic, onde o narrador, calmamente relata o que está a acontecer na vida selvagem, e se esconde por detrás dos arbustos a observar. Nesta situação seria algo do género: a criatura acena ferozmente com os seus membros, emitindo uns ruídos, o macho adulto parece afastar-se deixando a fêmea sozinha, esta parece estar em apuros, porque a cria aponta insistidamente na direcção do que parece ser uma espécie de criatura colorida, num veículo, esperem parece ser o Noddy, a fêmea emite um olhar ao macho, parece ser uma forma de comunicar, ele ignora e afasta-se. Não é preciso ser um cientista da National Geografic para saber que o olhar é para dizer, quando chegarmos a casa falamos. É fantástico ver esta forma evolutiva de comunicação.

E assim continua a maravilha do Desenvolvimento Humano…

Até à última


Já me questionei várias vezes sobre a origem da inspiração e como ela se deixa intimidar pela preguiça. Chego a casa, abro a porta, e parece que sinto a preguiça a derrubar tudo e todos para se apoderar de mim. Tomará conseguir fechá-la num quarto e poder acabar o trabalho de Psicologia.


Parece que a minha casa é o jogo do pac-man, e ando a tentar fugir à preguiça. Isto processa-se mais ou menos como este jogo (não sei se conhecem), mal recebo o e-fólio gera-se uma euforia instantânea, provocada pela adrenalina libertada no meu cérebro, neste momento é só apanhar “bolinhas”, sinto-me com a força toda.



Acabou o tempo, começo a sentir uma força que me faz baixar o ecrã do portátil, penso para mim: volto já. Pois é, passaram quase 6 dias desde o volto já, foi só preguiça. É hoje, não passa. Ligo a musica, apago a televisão… espera, vou só ver o email. Click, mais click, envia, reenvia, guarda, e lê mais umas mensagens. Já passou uma hora, agora tenho de preparar o jantar, recomeço, ou melhor, começo a seguir ao jantar. Jantei, e sinto o fluxo sanguíneo a abandonar o meu cérebro e a dirigir-se para o estômago, há trabalho a fazer, acho que comi demais. A preguiça voltou, que sonolência. Nem penses, não passa de hoje. Agora já sinto aquele remorso por deixar tudo para a ultima.


É mesmo assim, esta dentro de nós, tudo no limite, disse-me uma vez um amigo, “Nós portugueses somos assim”. Agora pensando bem já não me sinto tão culpada. Aposto que amanhã, sexta-feira, a papelaria, na minha rua, vai ter uma fila enorme, mesmo em cima das 7 horas, depois de uma semana inteira, só agora se lembraram de ir registar o Euromilhões. Que fila enorme, tenho de pedir licença para conseguir aceder à entrada do meu prédio, “ó menina a fila é ali ao fundo”, já a chegar à farmácia. “Desculpe”, digo eu, “eu só quero entrar em casa”.”Uma casa!”, diz um senhor, “se me sair compro uma rua inteira”. Mais uns encontrões e lá chego a porta de casa, isto é o prato do dia à sexta-feira.


Com ou sem remorso, tenho de acabar o trabalho. A inspiração não tem tecla de atalho no meu ambiente de trabalho, nem conheço nenhum endereço para download. Acho que agora que o prazo está a acabar a adrenalina está a voltar. A adrenalina, definitivamente, é o segredo da inspiração, o nosso organismo é mesmo magnifico.

Guia para um Resumo


A capacidade para elaborar um resumo não é inata.

O grande segredo acaba por ser não ter nenhum segredo. Quando penso em resumir algo penso no que os meus professores me diziam: “Colocar por palavras tuas o assunto do texto de forma sumária”. De facto parece simples, mas então se eu não perceber nada do que estou a ler, será que as minhas palavras vão encontrar significado.

Parece-me que não, de facto será esse o grande desafio, perceber realmente a generalidade do texto, assim como identificar a perspectiva dominante. Isto será, na verdade, perceber o texto, transportá-lo na nossa memória, processar a informação de forma a obter uma descrição abrangente e que consiga obter o significado do texto.

Mas para que servem realmente os resumos. Em ambiente académico, os professores pedem muito para resumir isto e aquilo, e os alunos normalmente acham uma tarefa aborrecida. Porque será tão aborrecido resumir um texto. Talvez seja porque implica perceber o que estamos a ler, decorar não adianta, copiar muito menos.

É que o resumo identifica-se como uma peça que transparece a essência de um tema descrito. Imagine-se um texto que descreve duas teorias de dois autores, para um mesmo acontecimento, o resumo terá que evidenciar essas duas teorias, compará-las, enquadra-las, apresentar pontos que defendam cada uma, assim como as críticas. Isso exige perceber, por completo, o texto, tarefa que as leituras “diagonais” não permitem.
Será neste ponto que encontramos o objectivo do resumo académico, colocar nos alunos o desafio de entender o texto, e desta forma, conseguir descrever as linhas de orientação. Resultado, o aluno lê várias vezes o texto, pesquisa se necessário, e ao escrever desenvolve ainda mais a sua aprendizagem.



PONTOS DE ORIENTAÇÃO


1. Activar conhecimentos de
base do aluno

Cada aluno desenvolve determinadas expectativas em relação ao que está a ler. Isto determina as diferentes visões na elaboração do texto. Imagina-se que cada aluno é diferente e consegue levar para o texto um pouco da sua experiência de anos anteriores. Este conhecimento de base, que tanto ouvimos falar, manifesta-se na criação do texto. É então importante ter isso em conta. É por isso que muitas vezes é importante identificar os conhecimentos que cada um traz consigo (o que foi feito aqui nesta UC, normalmente faz parte da estratégia do professor). O que acontece é que por vezes é necessário reforçar essas experiências, por exemplo, se vamos ler um texto sobre teorias que explicam a evolução do homem, convém entender como e quando elas surgem, de forma a que o aluno possa enquadrar a sua descrição no tempo em que foi criada, para entender a sua importância no desenvolvimento de outras teorias mais recentes que refutam as anteriores. Desta forma não começa logo por achar que a teoria não faz sentido e que esta errada, mas que numa determinada altura representou uma importante linha de desenvolvimento.


2. Direccionar o pensamento

A ideia de retirar um qualquer texto e pedir simplesmente para o resumir pode representar uma perda de tempo. O ideal é conseguir obter uma linha de orientação, de forma a conseguir os melhores resumos. O aluno tem que se aperceber do tema debatido e de que forma ele se insere na generalidade da Unidade Curricular. Desperta-se o aluno e consegue-se a sua motivação, muitas vezes é muito importante referências como, comparar, evidenciar vantagens, críticas, semelhanças. Desta forma o aluno identifica o que é mais importante resumir. Isto acontece muito na preparação para exames, onde o professor evidencia pontos de importância. Doutra forma será como um jogo de olhar para a imagem durante dois minutos e depois responder as perguntas, a importância pode ser dada a qualquer coisa, podemos estar a contar os objectos da imagem, e no final as perguntas são sobre cores. Resumindo (lá está) será importante conseguir sempre enquadrar o estudo, e se não forem dadas indicações, devemos pensar sobre o currículo geral da disciplina, do tema em estudo, assim como o enquadramento do texto no livro, se for esse o caso.


3. Identificar a estrutura
subjacente de um texto

A ideia aqui é simples, é mais fácil resumir um texto que se encontre numa estrutura que nos seja familiar. É mais fácil resumir um texto com uma estrutura definida, do que um texto longo em que é difícil estabelecer uma divisão. Por isso o aluno sente necessidade de repartir o texto. Normalmente o autor apresenta o texto numa estrutura organizada, o aluno identifica um padrão e baseia a sua descrição nesse padrão. Ou seja, o aluno identifica a parte em que se descreve uma teoria, onde estão as criticas, vantagens, e aspectos comparativos. A partir desta visão elabora o seu sumário evidenciando os aspectos principais mencionados pelo autor. É com base nesta estruturação que se criam quadros ou esquemas que descrevem a visão do texto. Por exemplo se são descritas duas teorias, apresenta-se cada uma dentro de uma circunferência e ligam-se aos aspectos que as diferenciam ou que as assemelham.


4. Enumerar Pontos

A primeira leitura é o contacto com o assunto, a segunda leitura já é para evidenciar os pontos mais importantes. Aqui é importante transcrever esses pontos e depois atribuir-lhes uma numeração. Isto é, mencionar este primeiro, depois falar neste, agora comparar os dois, e finalmente apresentar as críticas de outros autores. O principal aqui é clarificar as ideias, o que deve ser e onde deve ser, como se vão conectar esses pontos de forma a dar uma continuidade ao resumo. Isto porque o resumo é um texto a ser entendido por quem o lê, e acima de tudo por quem o escreve. O texto não pode ser um imbróglio de ideias organizadas de forma aleatória.


5. Ordem cronológica

Da organização do ponto anterior obtemos uma estrutura que apresenta uma ordem lógica dos acontecimentos. Ideias como, antes, depois, na mesma altura, imediatamente, quando. Estabelecem uma ordem que facilita a compreensão e dá sentido ao texto. Muitas vezes usam-se cronogramas para descrever os acontecimentos e assim acompanhar a evolução destes.


6. Comparar e contrastar

Aqui pretende-se obter as similaridades e as diferenças. Aqui pode-se recorrer ao desenho de um quadro, onde se colocam as teorias e as características, depois é só traçar onde se assemelham e onde divergem.


7. Causa Efeito

Na compreensão de um texto obtêm-se a resposta a questões do género: o que acontecia se isto não se verificasse, ou o que muda se determinado ponto for comprovado. Aqui imagina-se uma sequência de balões que ligam num determinado sentido ou noutro conforme a evidência. Isto usa-se muito no diagnóstico médico, são os chamados diagramas de decisão. Onde em função de determinados sintomas o diagnóstico caminha em determinado sentido.




8. Problema Solução

Ao identificarmos uma situação complexa, um conflito seguimos normalmente o processo para a possível resolução. A ideia é idêntica à causa efeito, mas aqui descreve-se o que foi feito para resolver um problema. Quando Arquimedes disse, “Dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo", estava a apresentar uma solução para um problema, levantar corpos pesados, por isso desenvolveu o método da alavanca e da roldana. Aqui a forma de visualizar será colocar numa tabela os pontos que definem o problema e depois liga-los a possível solução, que descreve uma forma de resolver essas dificuldades.


9. Seguir pistas até ao significado

Identificar que tipo de texto estamos a ler. Normalmente um texto expositivo apresenta uma introdução, uns parágrafos de desenvolvimento e finalmente uma conclusão. Mas por exemplo, em textos políticos ou jornalísticos o início e o fim apresentam os argumentos principais (texto persuasivo). É pois importante perceber como se desenvolve o texto e seguir o seu conteúdo. Por vezes consegue-se as pistas através dos títulos e subtítulos evidenciados. Por exemplo na frase “As teorias que fracassaram”, teorias é o tópico, e fracassaram é uma alegação. Certamente as afirmações nem sempre são tão claras, e podem aparecer no meio do texto. O importante é retirar destas expressões o significado principal. Desta forma conseguimos orientar o nosso resumo para os pontos mais importantes. Aqui é importante o treino na obtenção do que normalmente chamamos “tópicos de estudo”, não é mais do que as linhas principais do texto. Como encontrar essas pistas? O treino é uma questão importante, a experiência. Mas existem algumas técnicas, por exemplo, a primeira e a última frase de um parágrafo estão, normalmente, repletas de pistas sobre o que é importante nesse parágrafo. Palavras a negrito ou itálico, são normalmente pistas adicionais, e é importante sempre investigar. Ainda ter em atenção a repetição de palavras e conceitos, ou a escolha de uma imagem de ilustração.


10. Analogias

As analogias são muito importantes para a explicação de conceitos. Por exemplo, ao entendermos uma teoria, a forma como se desenvolve e se enquadra podemos descreve-la através de analogias, como por exemplo, determinado ponto é o coração da teoria, ou o seu pilar, ou mesmo evidenciar que determinada característica manifestou-se como um vírus numa pandemia.


                                       
11. Ler várias vezes

Um bom resumo exige pelo menos duas leituras. Uma para obter uma visão geral, e outra para salientar o importante. Assim, para chegar ao núcleo do tema, é necessário ter primeiro uma visão generalizada do texto. Por isso começar a resumir logo na primeira leitura pode colocar alguns problemas, como por exemplo, agrupar características menos importantes, ou não evidenciar pontos centrais. As leituras seguintes servem para estruturar os conceitos e agrupar as ideias. Num texto sobre determinadas teorias, podemos cair no erro de começar a descrever pontos que na descrição geral podem ter pouco significado. A visão geral permite focar pontos que ligam as diferentes teorias entre si e de que forma se enquadram no tema debatido. Isto quer dizer que no final da primeira leitura já nos apercebemos da orientação que o autor deu ao texto, e que pontos, ele próprio, usou para partir para uma descrição mais longa.


12. Fazer marcações e anotações do texto

Já lemos o texto, já percebemos o que descreve, agora só falta começar a tirar notas. Uma forma de interagir com o texto, ou seja, pensar e escrever sobre o texto de forma a iniciar o processo de construção do resumo. É uma forma de quebrar o texto em pequenos pedaços e procurar todos os sentidos. É como construir uma resposta. Para isso por vezes usam-se notações, como por exemplo, colocar vistos em partes que já percebemos e pontos de interrogação em passagens que ainda não percebemos bem. Aqui tiram-se os primeiros conceitos e separam-se as primeiras "palavras-chave", que entendemos serem essenciais para a elaboração da nossa síntese.


13. Perceber o objectivo do resumo

O resumo é uma forma de obter a visão do autor e dos seus argumentos, não é um espaço para opinião pessoal ou crítica. É um processo de sumarização. Mesmo que por vezes se pergunte, “em seu entender qual é o tema do texto”, o objectivo é sempre a procura do que trata o texto, e por isso a nossa interpretação com base nos factos.



14. Vocabulário

Muitas vezes lemos o texto e achamos que não existe outra forma de dizer o que lemos, o autor diz da melhor forma, para que resumir o conceito. Pois aqui encontra-se outro objectivo, o desenvolvimento do vocabulário, a aprendizagem de conceitos. Ao encontrarmos uma palavra e ao tentarmos descreve-la de forma diferente permite-nos perceber a sua aplicação. Nós interiorizamos os conceitos que repetimos, mas só vamos usá-los se percebermos o seu sentido. Sendo assim, o uso de sinónimos é muito importante. Muitos alunos têm dificuldade em elaborar respostas porque não conseguem fazer a ligação entre o pensamento e a palavra correcta. Esta será uma forma de exercitar essa dificuldade. Exteriorizar a nossa compreensão. Por isso se diz "Resumir por Palavras Tuas". As palavras são nossas, sim, mas o conteúdo deve reflectir as ideias do autor do texto.

 
                                                                                                                    

Bibliografia

Wormeli, R. (2005). Summarization in Any Subject. Virginia: Association for Supervision and Curriculum Development.



Portfólio

Após a publicação do E-fólio A, ficamos também a saber que a profesora pretende que o nosso blog seja como o nosso portfólio da UC, onde colocamos as diferentes actividades que vamos realizando ao longo do semestre. A ideia é excelente, assim podemos acompanhar o trabalho de todos e trocar comentários. Fica como o nosso espaço para colocar os nossos trabalhos e até sugestões.

Bom trabalho para todos.

E-Fólio A

E-Fólio A - Desenvolvimento humano

Foi apresentado o enunciado do E-Fólio A. Para ver o enunciado e as instruções de realização e entrega consultar a página E-Fólio A.

O E-fólio inside sobre o tema Desenvolvimento Humano, a primeira questão pede um resumo do capítulo 2.1 do livro Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem.
A segunda questão é para resolver as actividades propostas no livro na pág. 41 e 42, que se divide em 6 perguntas.

Assim após a leitura das páginas propostas (Download) elabora-se um resumo e depois responde-se as questões apresentadas no livro (Ver Questões).

Segundo informação da Professora a data de entrega passa a ser 26 Março . Atenção especial a colocação das respostas no blog, deve ser feita, apenas, após ter terminado o prazo de entrega na plataforma.

Foi ainda mencionado que se pretende que o blog seja uma forma de "diário" desta UC, onde devemos apresentar todas actividades realizadas ao longo do semestre.

Agora é só iniciar o trabalho, com especial atenção para o resumo. Cada um tem o seu método de estudo e de realizar fichas de resumo, mas aqui estamos a ser avaliados, o que nos faz ter especial atenção a estruturação deste resumo.

Bom Trabalho


Organização do Estudo

Por vezes sinto que o meu plano de estudo é como um download...

Ou seja, o cronómetro aponta que vai demorar 20 minutos, mas de repente já aparece que talvez demore 2 horas, não detestam quando isto acontece, quantas vezes não carregamos no "cancel". Cria-se um plano mental ou em papel, segue-se tudo, mas raramente sai como planeamos. Demora muito mais, deixamos para o fim demasiada informação, e depois é ai, ai que não consigo. Estudar pela noite dentro nem pensar. Pois todos os estudos apontam que a nossa "box" cinzenta processa a informação durante o sono, armazena-a na secção de memórias de longa duração e até processamos informação. Quem já não acordou com uma ideia genial para um problema que nos atormentou no dia anterior. Por isso se diz, "vou dormir sobre o assunto". Depois de ter dormido sobre alguns manuais, e algumas marcas no corpo depois, finalmente percebo o sentido desta frase.
Um bom sono é um item essencial neste processo. Depois há que respeitar tudo o que já lemos em vários livros e que achamos sempre lógico, mas como casmurros que somos, raramente colocamos em prática.


Fichas de leitura. Grrr...

Fichas, assustam logo. Confesso que sou adepta do processamento de texto, adoro escrever, adoro tudo formatado, parágrafos, tabulações. Sou uma compulsiva da formatação. Depois até me esqueço do essencial, descrever por palavras minhas o que acabará de ler. Tenho por hábito, em primeiro, colocar os títulos, ou capítulos que vou estudar, e depois descrever pequenos resumos do que li. Confesso que costumo elaborar fichas de resumo. Tento estar sempre atenta as indicações dos Professores e centrar o estudo nas questões das actividades formativas.

Motivação é a principal chave para a realização destas fichas, overdoses de motivação, porque há alguns textos que são como as adivinhas populares, cansam-me essas adivinhas, "Qual é coisa, qual é ela...", sei lá qual é. Não percebo o interesse de alguns autores de procurarem os caminhos mais longos para chegarem a algum lado, penso que já é mania contra o governo por causa das scuts, será que não há mesmo alternativa, e vamos todos a luta, não pagamos. E falam, falam e depois de 2 folhas completas não entendemos nada, irra...!
Adoro escrita simples e directa, talvez por isso goste de livros mais técnicos.



Bibliografias, santa paciência...

Quantos documentos e regras já não li sobre como organizar as referências de consulta. Tenho grande respeito pelas regras, só acho que deviam decidir-se de uma vez, conseguimos por vezes ter no mesmo ano lectivo professores a adoptar regras diferentes. Mas espera! Para este era ponto antes do nome, para aquele era sublinhado. É maiúscula, é itálico, é sublinhado, é ponto e vírgula é só virgula ou é só ponto, é aspas, agora é negrito. Nesta altura já estou a beira de ter um AVC... tal é a hipertensão que me provoca estes pormenores. Imaginem os Estados Unidos da América a invadirem a Rússia, não por causa de petróleo mas por causa da Rússia não respeitar as regras de publicação da bibliografia. Tenho a imagem na cabeça de uma guerra mundial porque não se entenderem por causa das regras utilizadas.

Agora mais a sério, sou muito directa e utilizo as regras recomendadas para trabalhos científicos. Quem usa o Word 2007 tem o processo facilitado, pois a ferramenta disponibilizada permite criar uma base dados, e ir actualizando a medida que elaboramos o texto, alternar entre referencias em rodapé ou citações logo a seguir à expressão. A bibliografia não devia ser uma obrigação, mas sim uma condição da pesquisa efectuada, uma forma de nós próprios nos orientarmos, e de orientarmos os outros para o nosso trabalho. Não é que um trabalho tenha de ter obrigatoriamente uma bibliografia, pois a experiência de vida não tem linhas possíveis de se referenciar, e dai podem surgir textos muito bons. Apenas temos que as usar para credibilizar o nosso trabalho e respeitar o esforço e ideias dos outros, é muitas vezes uma forma de agradecimento pelos estudos elaborados.

As questões são: Que trabalho magnifico que fontes usastes? Onde fostes buscar essas ideias? Esta visão é certamente mais interessante do que simplesmente pensar na tarefa aborrecida de descrever todas as pesquisas, internet, livros, artigos, revistas. Talvez se tenha tornado aborrecida, esta tarefa, porque as regras sempre nos atormentaram, será que é assim, é traço ou é ponto, e agora tem tantos autores o que faço. Mas é naturalmente por isso que se criaram normas, que devem ser normas de orientação, essencialmente pensa-se como bases de dados, onde cada coluna tem um item próprio para colocar a informação. Essas normas, com pequenas variações, encontram-se largamente descritas em vários artigos.

Não vou aqui enumerar as regras, optei por evidenciar as importância da sua utilização, com a ideia presente que existe uma certa tendência para a adaptação de determinadas regras, que podem não ser as mais correctas, mas são necessariamente suficientes para se entender a pesquisa e fundamentalmente para encontrar essas fontes.



Não seria naturalmente correcto achar que todas as normas são aborrecidas...

O que é aborrecido é a forma como muitas vezes nos são exigidas, deveríamos aprender mais a entender a sua utilidade e finalidade e dentro de determinados critérios apresentarmos as nossas referências. Não simpatizo com a excessiva obsessão pelo uso de determinadas regras e pormenores. Naturalmente sigo determinadas normas, muitas absorvidas pela experiência das leituras efectuadas (como citações) outras pelo natural uso na elaboração de trabalhos de recolha bibliográfica. Percebo a sua utilidade e aceito as pequenas variações.

Experiência Como Estudante

Depois de tanto tempo sem estudar não foi fácil iniciar. Quanto mais tempo passa mais difícil é a adaptação. Depois de alguns anos como mudaram as tecnologias de informação, os trabalhos escritos à mão e muitas vezes à máquina, como era tudo diferente do que é agora, a pesquisa era feita na biblioteca ou nas enciclopédias caseiras. A internet veio mudar tudo, mais fácil agora? Muitos poderão pensar assim, mas de certo que a exigência é agora muito maior. Pede-se ao aluno mais criatividade, como é possível fazermos mais e melhor, já existe tanto neste mundo. Criatividade depois de um dia de trabalho é coisa que não abunda no resto de força que ainda temos ao final do dia. Coloca-se a faculdade num link rápido, como uma porta sempre aberta, uma forma rápida de entrar nas salas de aula, sempre de forma pouco contínua, e muitas vezes é entrar e sair. Actualizar a informação, colocar algumas dúvidas e ainda sobra algum tempo para interagir com os colegas.

Como se processa isto tudo de forma que o resultado final seja o melhor possível? Método? Processo? Organização?

Para ter uma noção real de como tudo começou digamos que o estudo era uma sala ao qual eu não conseguia entrar tal era a confusão de ideias que me impediam de abrir a porta. Esperei que tudo acalmasse e ligeiramente abri a porta. Não foi fácil organizar os estudos.
O primeiro passo foi mesmo tornar tudo mais real, isto é, imprimir apontamentos, estabelecer calendários de estudo. Agora era só pegar nas centenas de folhas e organizar as leituras.

Como sempre gostei de estudar por manuais e sublinhar, realçar, tive a necessidade de compilar os apontamentos em verdadeiros livros, sou uma fanática por indíces. Sempre que pego num livro técnico a primeira coisa que faço é ler o índice. E penso sempre o mesmo: "como era bom absorver todo o livro só com a leitura do índice. Super Poderes, que idiotice. Então é assim tudo em livro e encadernado com capa e tudo, adoro ilustrações.

Agora sim é estudar, e tentar compreender a matéria. Detesto decorar, enerva-me ter que "encaixar" datas, locais, nomes, talvez por isso tenha sido sempre péssima a História. Adoro compreender, adoro teorias, e gosto quando se resume tudo em esquemas e setas e "bonequinhos" que nos fazem perceber tudo e construir o nosso pensamento. Uso e abuso de mnemónicas para facilitar o minha aversão a decorar. Os meus professores costumavam dizer que eu era cabeça no ar, não daquelas que se esquecem da data do exame, mas daquelas que se esquece que afinal era exame de matemática e não de português. Paciência o dicionário que levo ainda pode dar jeito para saber qual é O teorema de Pitágoras, o azar é ter-me esquecido da máquina de calcular, e ter estudado Fernando Pessoa, em vez de Geometria.

Nunca fui aluna exemplar, e até fui expulsa algumas vezes, não por mau comportamento, mas por aqueles ataques de riso, é que não dá mesmo para parar, e quanto mais nos chamam atenção mais vontade temos de rir. Isso eram outros tempos onde os dias eram grandes e o fim-de-semana era uma aventura com os amigos. Posso dizer que só quando abandonei o ensino tradicional e fui tirar um curso profissional é que entendi o papel do professor, e senti que podemos aprender a fazer o que gostamos. Como eram diferentes os professores. Agora a grande novidade é este método assíncrono de ensino, o estranho que foi e as potencialidade que tem. É interessante a ideia de colocarmos uma dúvida, com tempo para a elaborar, e depois obter uma resposta do professor. Tem sido boa a experiência na Universidade Aberta.
O pior talvez foi a transição de um processo de e-fólios, provas de consulta, para os p-fólios, provas sem consulta. Senti que talvez, em algumas fases, tivesse facilitado no estudo e na realização de resumos de apoio. Mas serviu para corrigir alguns maus hábitos, os seguintes correram melhor certamente.

Sinto falta do cheiro da sala de aula, do silêncio nas tardes chuva, da minha professora primária, e dos melhores amigos do recreio. Foi assim que ficou marcado o inicio do minha aprendizagem.